sexta-feira, junho 18, 2010

Paulínia, 18 de Junho de 2010 – Sexta-Feira.

Estou na sala de teatro acabamos o ensaio do meu grupo.

Estou com um sentimento estranho, um sentimento de tristeza talvez... eu estava olhando as fotos da pessoa lá e me doeu uma certa dor estranha... eu as vezes sei que não vai dar nada entro nós, mas por incrível que pareça eu ainda tenho esperanças de que algo aconteça.

Minha depressão está de volta – sim eu tenho depressão crônica, não eu não gosto de ter e não me orgulho de ter isso, acho que nunca disse isso aos meus amigos, talvez para não deixar eles preocupados – tenho desde sempre, acho.

Alguém gosta de mim? Alguém me quer? Alguém se importa? Sim, sim e sim, mas eu ainda me pergunto tudo isso... Estou com vontade de chorar desde ontem e isso me frustra, pois não acontece nada, de fato nunca acontece nada, mesmo que tenha acontecido não me importei, pois só coisas ruins acontecem.

Caralho – desculpa pelo palavrão é meio que preciso acho.

Preciso libertar este sentimento de... Culpa? Perda? Abstinência? Desespero? Acho que tudo isso misturado e muito mais... Dói tudo, dentro de mim tenho uma incerteza tão grande tão gigantesca, me faz querer fugir, gritar, me faz querer desistir, mas de fato não vou, pois nunca desisti, acho.

Estou na sala de teatro ainda, vejo meus colegas e amigos de classe tão felizes, e eu? Será que posso fingir pelo resto de minha medíocre vida?

Ontem eu fiquei metade da tarde e o resto da noite dentro do meu quarto pensando, tocando violão e escrevendo alguns sentimentos, e com todo a certeza eram sentimentos revoltados, insanos e muito melodramáticos.

Quando eu tinha meu amigo Daniel comigo era mais simples, acho. Agente conversava e por mais incrível e estranho o problema ele sempre tinha algo a me dizer, as vezes não dizia com palavras ditas mas com gestos, por isso acho que eu amei ele tanto – mas isso não vem ao caso.

O meu ex namorado não tinha nada que o Daniel tinha, acho que por isso que eu não conseguia me ver muito com ele, acho que nesses meus quase 18 anos o único cara que eu me vi casada – ta sei que sou muito nova pra pensar assim ou em casar mas tudo bem – foi o Daniel, ele sim me compreendia de qualquer forma, as vezes eu me perguntava se ele existia, mas ele existia.

Hoje eu estava chegando da escola e conversando comigo mesma, estranho alguém conversar sozinha na rua não é mesmo? Eu converso pois não tenho mais ninguém pra contar minhas coisas, eu tenho amiga, tenho sim mas não consigo me abrir tanto com o Daniel eu conseguia.

Então eu estava conversando comigo mesma, me perguntando se minha vida poderia ser diferente – todos já fizeram essa pergunta, acho – e essa pergunta teve algumas respostas positivas em contra partida acho que muitos atos na qual eu fiz só teria me feito pior, pra falar a verdade essa pergunta não tem resposta, só se eu ou alguém tivesse uma maquina do tempo e fosse lá no meu passado e visse pra mim.

Ontem eu vi meu pai na cozinha, peguei água mas não conseguir dizer “ oi pai como vai você” e fiquei o resto da noite no meu quarto, minha mãe entrou no quarto pra falar com a gatinha e eu olhava pra ela e não conseguia dizer nada, anda tão difícil as coisas pra mim, anda piorando, acho que vou ter que ir em um psicólogo, mesmo eu sabendo que o que eu devo fazer e como fazer não consigo.

Estou com medo, mais medo do que das outras vezes, pois meus atos, pensamento e sentimentos dessa vez são mais fortes do que das outras vezes e isso me preocupa e me deixa com medo, não se eu devo me entregar logo para os fatos ou devo deixar acontecer e ver por onde chegará e por que caminhos percorrerá.

Estou mais insana do que antes e isso me preocupa muito, pois não sei o que fazer, ta vendo eu sempre caio nessa maldita contradição, o que fazer? Eu sei o que fazer, como fazer? Eu sei fazer também mas não sei se devo pois eu tenho a porra do medo dentro de mim que merda viu.

Loucura ou Insanidade?

Hoje eu acredito

que seja Insanidade!

19/06/2010

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